O Dia Mundial do Sono assinala-se hoje, 15 de março. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, o “sono é um processo fisiológico natural, imprescindível a um desenvolvimento físico, mental e intelectual saudável”.

O sono está dividido em duas fases, que apresentam características e estágios diferentes. O sono não-REM, que tem a maior duração e que surge primeiro na noite, e o sono REM que é nesta fase que acontecem os sonhos e a fixação da memória.

Apesar do sono corresponder a um período de diminuição do estado de consciência e menor mobilidade física, é durante este tempo de descanso que o organismo exerce importantes funções restauradoras do corpo, como repor energias e regular o metabolismo. Por exemplo, liberta a hormona de crescimento.

Segundo os especialistas, é importante uma boa higiene do sono para todas as pessoas, adultos e crianças, porque o sono está diretamente ligado a várias funções do cérebro, sobretudo aquelas que estão relacionadas com a concentração, produtividade e a aprendizagem.

Porém, é especialmente importante para as crianças e adolescentes, não só porque precisam de um maior período de sono, mas também porque aprender a ter bons comportamentos de sono na infância ajuda a ter padrões de sono adequado na idade adulta.

A higiene do sono é conquistada através de regras impostas pelos pais tanto às crianças como aos adolescentes. Entre elas, destaque para o facto de se criarem rotinas, isto é, estabelecer uma hora de deitar e uma de acordar. É importante que o quarto tenha um ambiente sereno, escuro e com uma temperatura amena e não deve ser utilizado como lugar de castigo.

Quantas horas devemos dormir? Os adultos devem dormir entre 7 a 8 horas, a cada 24 horas. No caso dos adolescentes, o ideal é dormir entre 8 a 10 horas, a cada 24 horas, e deixar de fora do quarto todo o equipamento eletrónico: as luzes de standby, os SMS, etc., incluindo telemóveis, já que interrompem o sono.

Quanto aos mais pequenos, os bebés entre os 4 e os 12 meses é recomendado que duram entre 12 a 16 horas por dia (incluindo sestas); crianças entre 1 e 2 anos: 11 a 14 horas por dia; crianças dos 3 aos 5 anos: 10 a 13 horas por dia; crianças dos 6 aos 12 anos: 9 a 12 horas por dia; adolescentes dos 13 aos 18 anos: 8 a 10 horas por dia.

Não ter uma noite descansada pode acarretar consequências negativas, sobretudo, para os mais novos. Os efeitos negativos manifestam-se na diminuição da capacidade de atenção e de resposta, nas dificuldades de memória, aprendizagem e desempenho académico. Nos dias em que dormem menos imperam os sentimentos de tristeza e ansiedade, há sonolência diurna, irritabilidade, birras e humor variável.