É com a mensagem “Cáritas: o Amor que transforma” que está a decorrer, até 3 de março, o Peditório Nacional. Em Coimbra, a ação vai ter maior relevância na quinta-feira, sexta e sábado. No domingo existirão peditórios nas Igrejas, disse à Central Press a responsável pelo peditório, Ana Paula Cordeiro.

Os voluntários estarão concentrados em superfícies comerciais para angariar fundos, que vão permitir “levar a cabo a atividade da Cáritas ao longo do ano”. No caso de Coimbra, a verba destina-se a apoiar situações de carência económica e servirá para fazer face à aquisição de bens alimentares e vales de compras.

O número de pedidos de ajuda à instituição tem vindo a aumentar. De acordo com Ana Paula Cordeiro, quem mais o solicita são famílias com filhos, monoparentais – sobretudo mulheres com filhos – e a comunidade de migrantes.  

A diretora técnica de apoio ao centro social da Cáritas de Coimbra disse que até ao momento “o feedback que têm [do peditório] é bastante positivo. A comunidade e as pessoas são muito acolhedoras e identificam-se com a missão”.

No ano passado, a Cáritas de Coimbra ultrapassou a barreira dos 13 mil euros angariados, contudo houve anos em que o montante foi superior. “A conjuntura económica e a situação das famílias” justifica o aumento de “pedidos [de ajuda], não só da comunidade portuguesa, mas também de países como a Ucrânia ou Moçambique”, revelou.

O peditório termina no dia 3 de março, altura em que se assinala o Dia Nacional Cáritas. As pessoas que não consigam ajudar durante esta semana podem fazê-lo ao longo do ano. “Estamos sempre de portas abertas para receber quaisquer donativos, sejam alimentos, ou outro tipo de bens, seja donativos monetários”, avançou.

A Cáritas Diocesana de Coimbra apoia pessoas no pagamento de despesas habitacionais (água, luz, gás, rendas), pagamentos com a saúde, mas a maioria dos pedidos são com a alimentação. De acordo com a diretora técnica, em 2023, investiram mais de 25 mil euros em vales de compras. 

O Peditório Nacional da Cáritas acontece, apenas, uma vez ao ano. Ana Paula Cordeiro avisa que “o peditório está autorizado legalmente pelo Ministério da Administração Interna. Em caso de dúvida, podem pedir a identificação e autorização, caso vejam alguém a pedir noutra época que não esta”.