O presidente da Câmara Municipal de Soure disse, em entrevista à MundialFM, que um dos objetivos para 2023 é que o Município seja ‘zero resíduos’. Mário Nunes referiu que o Executivo tem vindo a fazer uma aposta muito expressiva no capítulo do ambiente, com vários projetos, como a Recolha Seletiva Porta a Porta e os bio resíduos.
“Temos feito um esforço muito grande na área do combate aos resíduos, à sua recolha e destino. Temos o objetivo de ser o Município zero resíduos. Isso implica pegarmos numa taxa de deposição de resíduos, em aterro, para aumentar a recolha seletiva”, explicou.
Esta aposta ambiental está a ser feita com os jovens do concelho de Soure. O autarca defendeu que a “educação ambiental é transversal a toda a sociedade, mas tem como foco a participação dos mais jovens, acreditando que são eles que levam para casa as melhores práticas”.
Relativamente à educação, Mário Nunes falou numa aposta forte, com projetos de apoio desde a nascença até ao ensino superior, dos quais se destacam o Programa Cegonhas, bolsas de mérito e apoio social.
A preocupação ambiental está bem evidenciada neste Município, do distrito de Coimbra, onde estão a ser estudadas diversas opções tecnológicas para a reconversão da eficiência energética, desde a iluminação pública até aos equipamentos municipais, incluindo os Paços do Concelho. O edil indicou que este trabalho já foi feito nas Piscina Municipais de Vila Nova de Anços, estando, neste momento, a aguardar pelos resultados das análises do consumo energético.
Também as acessibilidades e a área empresarial são prioridade para 2023. O presidente da Câmara frisou que vai ser melhorada a ligação da Vila ao Nó da autoestrada de Soure e que está a ser desenvolvido um plano de localização empresarial em três pontos do concelho.
O Município de Soure assume, este ano, a competência na área da Ação Social. Mário Nunes contou que a transferência não foi aceite logo na primeira abordagem, o Governo foi ao encontro do executivo e, nessa altura, “achamos que estavam reunidas as condições mínimas para fazermos o que já vínhamos a fazer, mas de uma forma mais sistemática e com competência própria na área da Ação Social”.
Agora falta chegar acordo para a transferência de competências na área da Saúde, situação que o autarca lamenta. Na sua opinião, as propostas não devem ser transversais a todos os concelhos do país, mas sim aplicadas às necessidades de cada Município.
“É preciso que os intérpretes se sentem à mesa com propostas que não sejam genéricas e transversais a todos os Municípios do país, porque cada caso é um caso e nós temos de olhar para o nosso em concreto e enquadrá-lo. Queremos um situação de análise minuciosa dos problemas, dos equipamentos e da transferência de competências. Estamos à disposição do Governo, mas ele ainda não entendeu que era hora de vir a Soure”, concluiu.