A língua portuguesa marca presença na 68ª edição do Festival da Eurovisão. ‘Grito’, de iolanda Costa, reuniu o consenso dos portugueses e vai ser apresentado em Malmo, na Suécia, no dia 7 de maio, na primeira semi-final do concurso.

A passagem pela Eurovisão “é um sonho realizado”, afirma a cantora em entrevista à Central Press.

A conquista surge numa altura “muito importante”, depois de ter lançado um EP em 2023: “senti que precisava de um novo passo para continuar a minha carreira. A cereja no topo do bolo é ir à Eurovisão”.

A canção aborda a questão da saúde mental, é “sobre ultrapassar os demónios”, começa por explicar.

“Eu chamei-lhe ‘Grito’, porque é basicamente uma realização e um largar desta energia que eu trazia comigo, para uma perspetiva muito mais saudável, mais luminosa, ou seja, uma luz de esperança”, esclarece.

A jovem cantora, de 29 anos, tem raízes na Figueira da Foz e em Pombal. Desde cedo soube que o caminho passaria pela música. Integrou o Grupo de Cavaquinhos do Louriçal e teve aulas de canto. Aprendeu a tocar guitarra, saxofone, piano e cavaquinho.

Passou pelo Conservatório de Música de Coimbra, seguiu-se o estudo de Jazz. No Reino Unido, estudou Songwriting, na BIMM, Universidade de Sussex.

Confessa que não tem sido um percurso fácil: “há sempre momentos menos positivos. Todos os momentos menos positivos são momentos de crescimento. Obviamente que já tive alguns nãos, não virei nenhuma cadeira no The Voice”.

Além da passagem por este programa de talentos, participou também, em 2008, numa ‘Canção Para Ti’ e, em 2011, passou pelo ‘Ídolos’.

Apesar da dificuldade para iniciar uma carreira profissional na música, iolanda Costa nunca desistiu e acredita que “todos esses nãos constroem uma personalidade mais forte e uma vontade ainda maior de provar que é possível fazer”. Com a canção ‘Grito’ pretende “provar a si mesma, que pode ser tudo o que quiser”.

A canção, escrita em casa dos avós e que esteve na gaveta durante ano e meio, representa Portugal no Festival Eurovisão, em maio. O concurso conta com a participação de 37 países.